sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Desejo

Uma coisa viaja.
Sai do indecifrável infinito.
Seus caminhos são difusos,
Como a própria figura.
Um sentir sonho e som,
Possível panaceia
Desapressada, serena.
Lenta mas tirana.
Imensa nave montanha
Que sonda no escuro
Do vazio entre estrelas.
Um pouco de tudo traz:
Poeira, galáxias, deuses.
Sempre em movimento.
Miragem. Mira e vem
De dentro do nosso ser.
Quer sair, sempre quis.
Dela girassóis em telas,
Poemas, mundos sinfônicos,
Angústias, abraços e socos.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Sobre a paixão

não viu que
havia
ovinhos

de borboleta
naquela amora

agora vive
enamorada

Poema marxista

A sede de som
Suga o cerebelo
Do signo-sentido.

Uma sonoridade revolucionária
Tomou os modos de produção
Da primeira metade deste poema.

Passando em frente ao Petshop

– Veja só esse hamster correndo na rodinha. Que animal estúpido.
– Não pare! Senão chegaremos tarde na academia.