sexta-feira, 27 de junho de 2014

O Desejo

Uma coisa viaja.
Sai do indecifrável infinito.
Seus caminhos são difusos,
Como a própria figura.
Um sentir sonho e som,
Possível panaceia
Desapressada, serena.
Lenta mas tirana.
Imensa nave montanha
Que sonda no escuro
Do vazio entre estrelas.
Um pouco de tudo traz:
Poeira, galáxias, deuses.
Sempre em movimento.
Miragem. Mira e vem
De dentro do nosso ser.
Quer sair, sempre quis.
Dela girassóis em telas,
Poemas, mundos sinfônicos,
Angústias, abraços e socos.

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