a
rua da minha casa
passa
a existir.
na
calçada a flor prensada
pelo passo apressado.
entristeço
por ela;
somos
tudo que existe
no
irromper do momento.
um
gato se aproxima,
cheira
a flor.
o gato
floresce em mim,
como
o saldo da cena pensada.
o gato
e a flor são eu.
os
pensamentos, o ser, o signo,
sou
o sim da consciência.
a existência
divaga-me,
eu
divago com ela.
fecho
a porta!
a rua
inteira entra comigo,
sem
pedir licença.
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