sentado
na beira do rio.
isso
bastaria.
mas
a vara pensa
poder
algo
real fisgar.
no
aço do anzol a luz do sol
reflete
na retina;
sentado
na beira do rio.
isso
bastaria.
mas
há aquela expectativa
sobre
os
peixes cartesianos.
o
olhar fixo
na
outra margem,
na
imagem rija,
da
árvore.
sentado
na beira do rio.
isso
bastaria.
mas
lá no alto há
um
corpo que o rio
traz
em sua fluidez.
uma
emoção
cristaliza-se.
Some
o
rio, rui a árvore.
sentando
na beira do rio.
isso
bastaria.
mas
o teso corpo
aproxima-se,
pestilento e sólido.
só
o corpo existe;
com
suas veias enraizadas na cena.
sentando
na beira do rio.
isso
bastaria.
o corpo
se distancia, perde-se
no
horizonte.
as
coisas à existência
retornam.
na
linha uma fisgada, alerta.
a
imagem
do
corpo enrosca-se em aço,
no
anzol.
sentado
na beira do rio.
isso
bastaria.
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